terça-feira, 27 de abril de 2010

aletórias, mito e chuva

nos episódios anteriores...

"homero virou pós-moderno"
"não entendi nada, mas achei engraçado"
"não fale mal da minha avó"
"você é o assassino da gramática"

tirando o ar de rancor da terceira frase, todos tem razão. eu sou pós. não apenas moderno. sou metro e sexual, sou descolado e recolado com super bonder (aquela que segura um carro mais um homofóbico com apenas três gotinhas), sou cult e tenho, todos os dias, muitos flash aesthesis (não sabe o que é? então você ainda é pré! (até rimou! é com pré!)).
sou pós-moderno principalmente porque acho a palavra, como diria a hebe, uma gracinha. olha ai, palavra composta, ou seja, agora, além de nomes adjetivados (homérico e dionisíaco) também sou uma palavra composta. diga ai?!
mas, tenho que manter a sinceridade. não tenho idéia de como ser pós-moderno de fato, feto, foto e furto. na verdade, nem aqueles caras lá, aqueles das palavras complicadas, aqueles cuja única coisa entendível é exatamente porra nenhuma, exatamenet aqueles que adoramos, nem esses, ou melhor, aqueles sabem porra que porra é essa.
pensando bem, não quero ser pós-moderno não. é como ser pré-socrático (imagina, os caras são tão importantes, mas tão importantes que são lembrados pelo nome de seu sucessor! que porra é essa? que bosta velho!).
eu não quero ser pós. também não quero ser pré. tudo o que quero é escrever algo engraçado, deixando o sentido para os mais atentos e me satisfazendo com a risada dos sobreviventes. a gramática já morreu assim como vários outros tipos de grama.
é complicado pensar, refletir e escrever sobre "aquilo", "aquele", enfim, a profundidade do "um mano" (humano na gíria periférica, algo absorvido nos meus estudos antropológicos pós-super-modernos), sem conseguir discórdia. a inveja é um triste fim para aqueles que adorariam uma barba rala como a minha.
*peço desculpas aos leitores (se é que haverá algum, já que não divulgarei) pela ausência de profundidade, além da ausência de um tema para além dos comentários. acontece que perdi um parente importante no último domingo. é complicado fazer alguem dar risada quando você não consegue mostrar os dentes.

terça-feira, 20 de abril de 2010

é isso!



quer entender o que acontece com o são paulo?









domingo, 18 de abril de 2010

aleatórias, mito e chuva

nos episódios anteriores...
"nossa anjo, homero escreve muito mal!" (mal ou mau? ah! pouco importa, eu escrevo mal mesmo, não é dona sonia?).
"o título está confuso"
"eu não sei do que você estava falando, mas ri muito"
"kkkkkkkkkkkkkkkkkkk"
uma galera ainda não entendeu o objetivo da presepada aqui (uma galera? três almas é "toda" a repercussão que esta "mierda" teve. eu achando que iria dominar o mundo com meus textos incríveis, não é dona sonia?).
antes de chegarmos ao tema central desta manifestação homérica (certidão de nascimento: hoje em dia, grátis; batizado: depende da igreja; ter um nome que pode ser adjetivado: não tem preço!), gostaria de relembrar: fazer sentido é para os fracos. os "grandes pensadores" escrevem, escreveram e escreverão coisas sem sentido, mesmo assim uma galera, inclusive eu, fica tentando entender o que eles dizem. meu irmão! eu também posso!
voltando, mesmo sem ter ido, o assunto aqui, hoje, é aniversário. bolo, velinha, balões, refrigerante, buffet com todas aquelas comidas e bebidas, sem falar nos seguranças e recepcionistas (êpa! nem tanto né? primeiro porque não é uma novela do manoel carlos, segundo... bem, não tem segundo, é só por isso mesmo).
bons tempos aqueles, mas olhando bem, agora é tudo mais simples. antigamente, você perdia um tempo precioso da sua vida gastando com cartão de aniversário, pior, como você tem vergonha na cara, não ia chegar na casa dos outros só com o cartão. imagina o tal aniversariante pentelho perguntando: "e o presente?", ou então fazendo aquela cara de "puta que pariu cara pão-duro".
agora é só mandar um daqueles cartões pelo orkut. assim, você mata vários coelhos (por falar em coelho, você viu a cacau (ah! você não sabe quem é a cacau? sei...) na capa da playboy em uma tentativa frustada de fazer a relação cacau-chocolate-coelho?) com um único tiro só (eu escolhi tiro porque não sei se é cajadada, machadada ou caixa d'água, como diria dona sonia "anjo, homero escreve mal". ai esse meu fardo).
voltando aos coelhos, o tal do orkut permite não só entregar o cartão, e somente o cartão, como irrita o aniversariante de várias formas. quer um exemplo: aqueles cartões-monstro de mensagem, aqueles que demoram duzentos milhões anos para carregar e no fim aparece algo cmom "você ficou cego porque doou seus olhos para 'a mulher da sua vida' e depois que ela te enxergou prefere ser 'a mulher da tua morte'? então acredite em deus!" como assim? a lição deveria ser: se alguma cega vier de conversinha dizendo que "ai, eu não enxergo, ai eu queria tanto ver o mundo, blá blá, blá", fale: "tá achando que tem otário aqui é? acha que porque eu enchergo eu vou ficar com peninha (o sentimento, não o cantor-compositor-brega, aquele lembra? "quando a gente é claro que a gente cuida", na voz de caetano veloso? não lembrou? ô derrota! a música, não você) e cair nessa ladainha é? vai tomar no..." entendeu?
se essas mensagens irritam, imagina então se você pode mandá-las no dia do naiversário daquele teu amigo-nem-tão-amigo? o cara vai ficar puto e você nem precisa olhar na cara dele, o ato de imaginar a intensidade da "putificação" é a melhor parte.
sem falar que você pode pertubá-lo em todas as novas tecnologias (ui!). é mesagem no celular, email, twitter, e sabe-se mais lá quantas outras serão inventadas enquanto escrevo, leio, reescrevo (reescrevo? por que? "anjo, homero escreve muito mal", reescrever seria só piorar as coisas, não é dona sonia?), pobre-coitado-aniversariante!
as velinhas, os balões, a lavanda (aquele perfume, o mais barato da avon que ganhei da minha tia mão de vaca), o refirgerante em garrafas de vidro, a minha mãe e aquelas velhas rezando um terço infinito enquanto eu morria de vontade de assistir o jaspion....
ps: dona sonia é avó da autora do título. a frase em questão foi dita após a leitura, precedida de uma breve reflexão, do post memórias de um recém-casado, encontardo aqui neste blog. para ler tal e só, como diria o parangolé, descer até embaixo.

sábado, 10 de abril de 2010

aleatórias, mito e chuva

"nossa, ficou feio! bota mito, chuva e aleatória". foi assim que a autora do nome da nova presepada do blog reagiu quando viu o nome na tela. deixemos a síndrome de "eu mando" pra lá e falemos sobre o motivo, razão ou circunstância deste espaço (que se pretende semanal, mais especificamente das madrugadas de sábado para domingo, exatamente entre o altas horas e o desenho que passa depois, como é mesmo nome? ah! deixa vai).

o motivo é exatamente a razão da circunstãncia, ou seja, porra nenhuma. exatamente, foda-se. aqui, mais do que nunca, falarei aquilo que bem interessa, ou não. erros gramaticais serão perdoados, análises superfifiais toleradas e o bom humor muito bem vindo (pera, benvindo é junto ou separado? Ah! foda-se!)

sem mais, eu hoje vi o programa do marcos mion, eu provavelmente (e quem me conhece sabe que mudo, esqueço, deixo pra lá, muita coisa) não fale muito de televisão aqui não, mas, desta vez, acho que nada é mais oportuno para abrir este espaço.

voltando, o tal mion estreou seu programa, seu mesmo, o cara é praticamente o bispo macedo do legendários (sim, legendários é o nome do programa e como não pretendo perder meu tempo olhando se os legendários foram algum tipo de templários sem fama, sem pense que vou explicar o motivo, razão ou circunstância do nome). então, eu passei a semana esperando o tal programa, não porque acreditasse que a revolução seria televisionada, nada disso (pobre chaves (pobre o caralho! o cara além de pegar a dona florinda na vida real ainda é o dono do país das miss! (qual o coletivo de miss? seria barbies?))).

eu sei, eu sei, o programa né? pois então, o motivo da minha bunda ter ficado mais de uma hora na frente daquela japonesa (a televisão, não a sabrina sato, que aliás tem uuma sósia no tal programa) foi a expectativa para ver os ex-hermes e renato. certo, não vou mentir, o joão gordo também era algo, no mínimo, diferente.

sem falar em ver dois caras (um cara e uma cara) do stand-up (esse povo parece que esta sendo fabricado em padrão industrial) e mais dois ex-mê-tê-vê (como diria caetano zeloso, quer dizer, veloso).

mesmo com tudo isso, era o massacreation que me interessava, os caras do "puta que o pariu hermes!" ou do "joselito sem noção", aqueles que mandavam ver no palavrão, nos palavrões, bem nos, porque eram muitos, digo a você, muitos.

sinceramente eles não me agradaram, tudo bem que o espaço era pequeno, apenas um esquete, mas, mesmo assim, sei lá, é isso, sei lá...

domingo, 4 de abril de 2010

memórias de um recém-casado V

clima de quero mais, gosto de quero mais, jeito de quero mais, tudo de quero mais...

o episódio final da maior saga da humanidade, para ser humilde, chega num clima nostálgico, foi tudo tão grande, emoções vividas com tanta intensidade que, às vezes, mas só bem às vezes, até bae aquele vontade de fazer tudo de novo. do mesmo jeito? não sei, acho que mudaria algumas coisas.

uma delas seria confiar menos na relação que você constroe com as pessoas, nunca depositar certeza na ação dos outros, sempre manter aquele dedo de desconfiança.

outra coisa? deixa eu ver... ah! eu daria mais valor aqueles que deixaram o carnaval de lado para me abraçar apertado, com olhos marejados, sorriso amarelo no rosto, mesmo aqueles que fizeram isso com um pouco de ressentimento, mesmo esses, eu teria agradecido de joelhos.

eu também teria participado mais do processo de construção de tudo, sei lá, acho que fiquei devendo e isso refletiu na não-participação, como achávamos, em massa. eu provavelmente me arrependo de muito mais coisas, só não lembro, na verdade não deveria nem lembrar dessas ai, porque a gente nunca sabe o que iria acontecer, e tenho certeza, não seria histórico!

sim, o segundo casamento, aquele que alguns teóricos denominam como "o dos costumes" eu prefiro chamar de "o da fartura".

mas, antes...


na véspera do casamento alguém foi morto, alguéns na verdade, mortas para ser mais exato. e, pasmem, nem a morte conseguiu tirar a alegria do momento, para ser bem sincero, essas mortes trouxeram mais alegria.

estranho? é que eu estou falando dela, da vaca, tão famosa em outros textos por ai, ela que morreu para nos salvar, assim como as mais de dez galinhas, todos morrerm em nome de um bem maior, se forem muçulmanas extremistas, com certeza estaram desfrutando de bois e galos virgens no céu de alá.

ainda na véspera, a última prova, a de fogo, de reconhecimento das família. logo após a chegada dos accioly's, coube a este que vos fala a iniciativa de juntar os patriarcas.

em um encontro digno de pelé e garrincha ou platão e aristóteles, josé e vicente travaram uma das conversas mais impressionantes que se te notícia. o conteúdo? eu não sei, infelizmente, um fenômeno estranho aconteceu: enquanto a conversa entre os dois mentores intelectuais das fámílias em questão, juntamente com suas respectivas esposas, se alongava, os mais jovens se dirigiram à cozinha. o resultado, como bem constatou seu josé, no começo todo mundo junto, depois ficam só os velhos...

o dia chegou, e chegou bem cedo. antes das cinco da manhã já tinhamos um batalhão de mulheres comprometidas com os mortos. enquanto isso, o narrador aqui foi limpar a cuca. onde? no salão do dé, raspei a cabeça, limpei mesmo. depois, para terminar o serviço, tomei algumas cervejas no bar do meu compadre evandro e acompanhado de mais alguns amigos.

tudo o que veio depois foi a mistura de costume e fartura. como de costume, todas as mulheres enloquecendo a si e aos outros, como de costume o improviso tomou conta da cerimônia (a música que iria tocar era uma e virou outra, minha irmã, a responsável pelo "arrumamento" da noiva estava correndo atrás do bolo (e, digo a você, como esse bolo corria, pareceia até jamaicano), padrinhos chegaram em cima da hora, enfim...).

a fartura? meu irmão! muita cerveja, digo a você, ,muita carne, até se todo mundo fosse, mesmo assim sobraria. falo de "todo mundo fosse" porque na nossa conta muita gente não foi, vi minha mãe triste porque achou que iria parar olho d'água, vi meu pai com cara meio pra baixo porque queria mostrar seu "poderio", vi a igreja vazia quando a cerimônia começou, não foi como eu imaginei, eu posso até pensar nos motivos, sei lá, talvez por mais que eu queira eles não me achem mais um saca? talvez um distanciamento tenha rolado e eu nem tenha notado, não sei. Só sei que não foi justo com meu pai, não foi justo com mamãe, não adianta, por mais que tente, não foi perfeito, mas foi melhor assim, serviu para refletir sobre a minha relação com aquilo que chamava de meu lugar, pensar melhor sobre quais são, realmente, os amigos que deixei na capital, enfim, foi bom, aprendizado...

e o casamento acabou, lá pra meia noite. durante o período que passamos no interior "pos-casorium" ainda deu tempo de ficar bronzeado no velho chico e de pular no melhor carnaval do mundo, o de olho d'água...


fim