domingo, 8 de agosto de 2010

aleatórias, mito e chuva

ela voltou. não como a musa da canção odair-joseriana. voltou igual e não vai tirar você desse lugar, nem vai levar você para ficar comigo e me interessa o que os outros vão pensar. a coluna semanal retorna com ácido, sem medo, menos leitores (se há algum, grite!), mais soco no estômago. prepare-se.

ando lendo reinaldo azevedo. quer um segredo maior? não consigo parar. o cara simplesmente manda muito bem na maldita letra. vírgulas lindamente bem colocadas, palavras precisas. filho da puta facista é bom, melhor que 10 entre 10 esquerdistas juvenis, eu incluso.

não vejo ninguém melhor na internet, nos blogs e "enfins". trabalha bem os argumentos, brinca com as palavras como de maneira assustadoramente precisa. não compreendo como ficou tanto tempo lambendo sabão, mendigando quando a revista direitosa na qual era um dos sócios fechou.

lembro do primeiro texto da revista-esquerdista-juvenil caros amigos. era sobre o senhor azevedo. josé arbex júnior não entendia como o cara desempregado, neste caso azevedo, defendia o sistema causador do tal efeito.

o texto era bom, como 9 em cada 10 escritos pelo cara-de-pinguim (quem já viu arbex sabe, ele tem cara de ave). viu? 9 em cada 9, 10 em cada 10... exatamente, o senhor fascistinha escreve melhor.

escrevo isso por um único motivo óbvio: vá para o diabo quem adora o dia dos pais. se adora porque é pai, é um safado oportunista ou um burro sem noção. o primeiro provavelmente ganhou presente às custas do trabalho alheio, deixou em falta e à mostra algo já sabendo "o bom coração do meu filho vai recolocar". o segundo paga para terceiros lhe presentiarem. como assim? porque cargas d'água eu daria dinheiro par aarriscar receber um presente horrível? eu mesmo posso comprara a porra do presente.

claro, há ainda os amantes do "sentimento-retorno". nesse belo dia de arco-iris e borboletas azuis as pessoas se amam mais, pensam mais em seus pais e em como eles são importantes, escrevem-lhe prosas e poesias mil, choram copiosamente a falta deste. esses ainda são aceitáveis, já fazem isso rotineiramente, apenas afloram isso na tal data sem sentido.

claro, nada se compara a última categoria. os hipócritas. se faz algum sentido a tal data é para esse nicho de mercado. esses são os melhores. conhecidos pela ausência nos outros 364 dias do ano se explicam e respaldam pela vida corrida, falta de tempo da modernidade, ou, como prefiro eu e alguns ex-leitores, da pós-modernidade.

assim dormem tranquilos. provavelmente torcem para a morte do progenitor ser no segundo domingo de agosto, assim, não precisaria dar-lhe atenção duas vezes ao ano.

2 comentários:

Débora Accioly disse...

Muito bom [2]!!!!

Débora Accioly disse...

Muito boa a sacada do texto! Divertido, direto e ácido. =)
Como vc.. GELOU! kkkkkkkkkkkkk'

Te amo! =)